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Estudo global mostra vulnerabilidade de crianças expostas à violência sexual

Da Redação Por Da Redação
13 de maio de 2025
no Infância e Adolescência, Manchetes
0
Criança abusada sexualmente coloca a mão na frente do rosto para evitar ser identificada

Um estudo abrangente publicado na revista científica The Lancet na edição de maio de 2025 apresenta dados alarmantes sobre a prevalência global de violência sexual contra crianças (VSAC). A pesquisa, conduzida por uma equipe internacional liderada pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, analisou dados de 204 países e territórios, revelando que quase um em cada cinco adultos foi vítima de violência sexual durante a infância.

Números que chocam: uma pandemia silenciosa

A violência sexual contra crianças é uma realidade brutal que afeta milhões de indivíduos em todo o mundo. Segundo o estudo, a prevalência global padronizada por idade de VSAC é de 18,9% (intervalo de incerteza de 95% [II]: 16,0-25,2) para mulheres e 14,8% (9,5-23,5) para homens. Esses dados revelam uma crise de saúde pública e direitos humanos de proporções alarmantes, que compromete o desenvolvimento saudável de crianças em todos os continentes.

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“A prevalência de VSAC é extremamente alta tanto para mulheres quanto para homens em todo o mundo”, alertam os pesquisadores no artigo. Eles ressaltam que, devido à escassez de dados e aos desafios contínuos de medição, os resultados provavelmente subestimam a verdadeira dimensão do problema.

Janela crítica de intervenção

Um dos resultados mais surpreendentes do estudo é que, entre adolescentes e jovens que relataram ter sofrido violência sexual em algum momento da vida, a primeira experiência de violência ocorreu antes dos 18 anos para 67,3% das mulheres e 71,9% dos homens. Este dado revela uma janela crucial para intervenções preventivas.

Os pesquisadores destacam que este padrão “revela uma janela estreita, mas sensível, que deve ser alvo de esforços futuros de prevenção”. Isso sugere que políticas públicas e programas de prevenção devem focar especialmente na proteção de crianças e adolescentes.

Variações regionais e dados por país

A análise revela variações significativas na prevalência de VSAC entre diferentes regiões do mundo. No nível super-regional, as estimativas para mulheres variaram de 12,2% (9,0-17,2) no sudeste asiático, leste da Ásia e Oceania até 26,8% (21,9-32,7) no sul da Ásia. Para homens, as taxas variaram de 12,3% (5,2-24,6) na Europa central, Europa oriental e Ásia central até 18,6% (9,7-32,3) na África Subsaariana.

No âmbito nacional, as estimativas padronizadas por idade variaram de 6,9% (4,8-9,6) em Montenegro a 42,6% (34,4-52,1) nas Ilhas Salomão para mulheres, e de 4,2% (1,7-9,2) na Mongólia a 28,3% (13,2-49,8) na Costa do Marfim para homens.

A situação do Brasil no contexto global

No Brasil, a prevalência padronizada por idade de VSAC é de 17,7% (11,2-28,2) para mulheres e 12,5% (6,2-21,9) para homens. Entre jovens de 20-24 anos, os números são de 17,7% (8,9-31,5) para mulheres e 12,7% (6,3-21,4) para homens.

Esses números colocam o Brasil em uma posição intermediária no cenário global, mas ainda assim representam uma realidade preocupante: aproximadamente uma em cada seis mulheres e um em cada oito homens brasileiros sofreram violência sexual antes dos 18 anos.

Brasil x outros países: uma análise comparativa

Quando comparado a outros países da América Latina e de outras regiões, o Brasil apresenta padrões distintos de prevalência de VSAC.

Quadro comparativo da violência sexual em 240 localidades ao redor do Globo




O Brasil apresenta taxas mais baixas de VSAC para mulheres quando comparado a países como Chile, EUA, Índia e África do Sul, mas taxas mais altas que Portugal e China. Para homens, o Brasil tem uma das menores taxas entre os países comparados, embora ainda significativa.

Impactos devastadores e duradouros

A violência sexual na infância tem efeitos profundos e de longo prazo para os sobreviventes. Os pesquisadores destacam que estudos existentes “deixaram cada vez mais claros os efeitos somáticos (por exemplo, asma e ISTs) e psiquiátricos (por exemplo, depressão maior e ansiedade) de longo prazo” da VSAC.

Além dos impactos diretos na saúde, a violência contra crianças limita o desenvolvimento individual, prejudicando tanto o desempenho educacional quanto as conquistas econômicas, levando a trajetórias de bem-estar diminuídas para os sobreviventes.

Desafios na coleta de dados e limitações do estudo

Uma das principais limitações identificadas pelos autores é a escassez de dados em muitas regiões do mundo. De 204 locais analisados, não foram identificadas fontes de dados utilizáveis para VSAC feminina em 63 (30,9%) locais e para VSAC masculina em 127 (62,3%) locais.

A região do Norte da África e Oriente Médio apresentou zero pesquisas para homens e apenas cinco para mulheres, o que dificulta uma compreensão precisa da situação nessas áreas.

Mesmo entre os locais com dados disponíveis, a cobertura melhorou ao longo do tempo, mas ainda é insuficiente: apenas 15 locais tinham dados publicados mais recentemente que 2020.

O caminho para a prevenção

Os pesquisadores enfatizam que monitorar com precisão a VSAC é essencial para o sucesso futuro dos esforços de prevenção, das metas nacionais e internacionais de tolerância zero e dos programas de apoio para sobreviventes e suas famílias.

“É um imperativo moral proteger as crianças da violência e mitigar seus impactos na saúde ao longo da vida”, afirmam os autores. Eles destacam a necessidade de expandir os programas de vigilância e implementar melhores práticas para a medição de VSAC em todos os países.

Conclusão: um chamado à ação

O estudo representa um alerta para governos, organizações e sociedade civil sobre a necessidade urgente de intensificar os esforços para prevenir a violência sexual contra crianças. A alta prevalência global de VSAC, inclusive em gerações recentes, indica que ainda há muito trabalho a ser feito para criar ambientes seguros para todas as crianças.

“A proteção das crianças contra a violência requer intervenções e abordagens multissetoriais que criem ambientes seguros, promovam a equidade de gênero e aumentem o acesso a serviços de apoio”, concluem os pesquisadores.

O estudo ressalta que a proteção de crianças contra a violência sexual é não apenas uma questão de saúde pública, mas um direito humano fundamental que deve ser garantido para cada criança, em cada país do mundo.


Fonte: Cagney, J., Spencer, C., Flor, L., Herbert, M., Khalil, M., O’Connell, E., Mullany, E., Bustreo, F., Chandan, J.S., Metheny, N., Knaul, F., Gakidou, E. (2025). Prevalence of sexual violence against children and age at first exposure: a global analysis by location, age, and sex (1990–2023). The Lancet, publicado online em 7 de maio de 2025. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(25)00311-3

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