Milhares de brasileiros tomaram as redes sociais oficiais do presidente da Indonésia, Prabowo Subianto, para protestar contra a demora no resgate de Juliana Marins, turista brasileira que morreu após acidente em trilha no Monte Rinjani.
Os perfis oficiais do governo indonésio no Instagram foram bombardeados com mensagens de indignação. Usuários brasileiros expressaram revolta com o tempo de quatro dias necessário para confirmar a morte da publicitária de 26 anos.
As críticas se concentraram na lentidão das operações de busca e salvamento, que levaram quatro dias para alcançar o corpo da brasileira localizado a 650 metros de profundidade.
Pressão Digital Internacional
A mobilização espontânea nas redes sociais transformou-se em um caso diplomático informal. Brasileiros usaram as plataformas digitais para cobrar explicações diretas do governo indonésio sobre os procedimentos de emergência.
Os comentários questionaram a preparação das equipes locais para atender emergências em áreas turísticas. Muitos internautas compararam a situação com protocolos de resgate de outros países com atividades similares.
A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia justificou as dificuldades operacionais pelo terreno montanhoso e condições climáticas adversas na região.
Detalhes da Tragédia
Juliana sofreu o acidente na noite de sexta-feira durante uma caminhada noturna pela trilha do vulcão. Um grupo de turistas espanhóis localizou a brasileira três horas após a queda, mas em estado grave.
As autoridades locais relataram que a comunicação do acidente às equipes de resgate demorou oito horas devido às dificuldades de acesso e sinal na montanha. Diversas tentativas com equipamentos especializados foram realizadas sem êxito inicial.
O resgate enfrentou obstáculos técnicos significativos, incluindo o uso de cordas e macas especiais para terreno rochoso e íngreme.
Repercussão Diplomática
O presidente Lula manifestou pesar oficial pela perda da jovem brasileira. Em suas redes sociais, o chefe de Estado destacou o acompanhamento dos serviços consulares na Indonésia para apoiar a família enlutada.
“Nossos serviços diplomáticos e consulares na Indonésia seguirão prestando todo o apoio à sua família neste momento de tanta dor”, declarou o presidente brasileiro. A diplomacia brasileira trabalha para agilizar os procedimentos de repatriação.
A tragédia evidenciou a importância de protocolos internacionais de emergência para turistas em atividades de risco em países estrangeiros.